sexta-feira, 30 de maio de 2008

Aécio Neves prega união em torno de um projeto nacional

Vejam essa matéria do Povo On line:(29/05/08 http://www.opovo.com.br/fortaleza/792672.html

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), defendeu, nesta quinta-feira, durante palestra na XII Conferência Nacional de Legislativos Estaduais, em Fortaleza, uma ampla aliança política em favor do País. Essa colocação foi feita em forma de convite a demais membros da mesa principal do evento. Nela, estavam o ministro José Múcio (Relações Institucionais), o presidenciável Ciro Gomes, o senador Tasso Jereissati (PSDB) e o governador Cid Gomes, entre outros. Aécio, sempre em tom conciliador, acabou, no entanto, batendo duro no que qualificou de "sectarismo político". Essa fala dele foi interpretada como um recado ao PT, diante das dificuldades que o PSDB mineiro vem enfrentando com essa legenda para construir com o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PSB), uma aliança eleitoral. "Quem sabe, no futuro, nós aqui não estaremos juntos construindo um grande projeto nacional", instigou Aécio Neves, presidenciável tucano. Em sua fala, ele ainda bateu duro no que chamou de "concentração tributária da União" - referindo-se à necessidade urgente de auma reforma tributária, observando que o atual quadro de impostos adotado pela União prejudica o chamado Pacto Federativo.

O Brasil é o país das conciliações. Antigos rivais agora defendem principios politicos muito próximos. Sempre mudamos para manter tudo do mesmo e para os mesmos?
e para você , o que explicaria essa caracteristica da cultura politica no Brasil?
Saudações
prof. Eduardo Neto

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sobre comidas e mulheres...

Um texto interessante para olharmos o Brasil a partir de elementos cotidianos, é o texto de Roberto Damatta, Comidas e Mulheres, do livro o que faz o brasil, Brasil. Para o autor a sociedade manifesta-se por meio de muitos espelhos e vários idiomas. Comidas e mulheres, exprimem teoricamente a sociedade, tanto quanto a política, a economia, a família, o espaço e o tempo, em suas preocupações e, certamente, em suas contradições. Da mesma for, continua Damatta, expressões como o cru e o cozido podem significar com muito mais facilidade um universo complexo, uma área do nosso sistema onde podemos nos enxergar como formidáveis e nos levar finalmente, muito a sério. Nesse sentido, o cru seria tudo que está fora da área da casa onde somos vistos e tratados com amor, carinho e consideração, podendo escolher a comida. Ou seja: o cru é tudo aquilo que está fora do controle da casa. Já o cozido é algo social por definição. Damatta aponta ainda uma distinção entre comida e alimento, por essa tipologia pode-se comprender as relações sociais no Brasil, pois nem tudo que é alimento é comida. Mas qual é a comida brasileira básica? Certamente que se trata do feijão-com-arroz, essa comida que é até mesmo usada como metáfora para a rotina do mundo diário. Comer arroz e feijão, então, é misturar o preto e o branco, a cama e a mesa fazendo parte de um mesmo processo cultural... Comida não é apenas uma substância alimentar, mas é também um modo, de alimentar-se. E o jeito de comer define não só aquilo que é ingerido como também aquele que ingere. A comida vale tanto para indicar o ato de alimentar-se quanto para definir e marcar identidades pessoais e grupais, estilos regionais e nacionais de ser, fazer, estar e viver. Num sentido muito geral e culturalmente valorizado,

Fonte: DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil. Editora Rocco, Rio de janeiro, 2001
Aluna Jessica Martins Fernandes
Curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Católica do Ceará

Você sabe com quem está falando?

Caros alunos e visitantes,

Vocês ja ouviram a expressão você sabe com quem está falando?
Se sim, em que situação? Debata conosco.
Prof. Eduardo Neto

Dica de filme

para quem quer fazer uma leitura critica da sociedade brasileira nao pode deixar de assistir ao filme Cronicamente inviavel, direção de Sergio Bianchi.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Porque somos assim?

Bem, a meu ver a obra Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre tem uma grande importância para o entendimento da sociedade brasileira atual. É interessante a gente ver que uma série de costumes que temos atualmente, são explicados detalhadamente pelo autor.
Eu, como um estudante de comunicação, tinha diversos mitos sobre a história do povo brasileiro, que foram desvendados pelo autor. Um deles, como exemplo era de que pelo fato de serem os pioneiros a habitarem a nossa terra, os índios eram os principais influentes da cultura brasileira.

Outros assuntos bastantes interessantes abordados pelo autor, que até então eu nem imaginava ter este olhar, são a influência dos três povos na cultura, sexualidade, linguagem etc. Eu não vou me deter a falar novamente sobre esses assuntos, já que ja foi bastante comentado em sala de aula, mas como eu sei que o blog não vai ser acessado apenas pelos alunos de cultura brasileira, vou explicar em tópicos as maiores influências de cada cultura.

Índios: Os índios, como nativos da terra, deveriam ser os maiores influentes do povo brasileiro da atualidade. Deveriam. Considerado um povo fraco , os índios foram praticamente dizimados pela imposição ao trabalho escravo pelo portugueses. Culturalmente, os índios trabalhavam na caça e na pesca, e as índias faziam o trabalho pesado nas aldeias. Quando os portugueses chegaram, carregados de doenças inexistentes na terra, forçaram os índios a pegarem no pesado. Os que resistiram ao trabalho, foram infectados por doenças. Graças às índias que a cultura foi parcialmente preservada, deixando apenas alguns costumes para gerações futuras, como os habitos de higiene, a utilização de produtos nativos para a gastronomia dentre outros.

Negros: Os negros foram os principais influentes na cultura brasileira. Trazidos da África para "tapar o buraco" que os índios deixaram nas tarefas pesadas. Esse povo influenciou diretamente diversos tópicos, como a gastronomia, sexualidade, oralidade da língua, danças, costumes etc.

Portugueses: Estes, considerados a raça “predadora” colocaram sua língua e religião no país, e pelo fato de serem um povo bastante maleável, acostumaram-se facilmente com o clima e os costumes da terra. Coisa que não acontecia com os outros povos que tentaram colonizar o Brasil, isto explica o sucesso português na dominação.

Bem, espero que com esta breve explicação dê para ter uma breve noção sobre o porquê da gente ser deste jeito que somos hoje.

Everardo Filho
Aluno da disciplina Cultura Brasileira
Sem. 2008.1

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Nosso dinheiro, de quem é?

O caso é grave e precisa de soluções rápidas. A viagem feita a Europa pelo governador Cid Gomes (PDT) e sua comitiva que incluía até sua sogra ganham a cada dia proporções maiores. Destaques em revistas, jornais e emissoras de televisão em todo país, a famigerada viagem está constantemente em discussão. Na Assembléia Legislativa o assunto não para quieto. O deputado Heitor Ferrér (PDT) é um dos mais ferrenhos e está batendo de frente para que o governo preste declarações e discorra sobre o caso. Hoje a viagem em vôo fretado com dinheiro público, se ramifica além da esfera política e ganha os corredores do Ministério Público. O objetivo é que o governo devolva aos cofres públicos, R$ 166.541,13, o restante das informações da viagem que não foram esclarecidas, e uma investigação para haver se houve improbidade administrativa por parte da cúpula governista. Além disso, o representante do PDT pede que o governador que restitua ao estado R$ 55.513,71 pelos passageiros que estivam em sua comitiva e que não fazem parte da administração estadual. Se levar adiante a proposta de CPI é possível que fracasse, porque a oposição não contaria com as 12 assinaturas necessárias para levar o caso a Mesa Diretora. O imbróglio se duvidar, dura mais que as horas de vôo do governador para o velho continente.

Este é mais um caso que chamamos de Patrimonialismo. O Patrimonialismo é a característica de um
Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foram comuns em praticamente todos os absolutismo. O monarca gastava as rendas pessoais e as rendas obtidas pelo governo de forma indistinta, ora para assuntos que interessassem apenas a seu uso pessoal (compra de roupas, por exemplo), ora para assuntos de governo (como a construção de uma estrada). Como o termo sugere, o Estado acaba se tornando um patrimônio de seu governante. Tal postura se instaurou na Europa pelos germanos que invadiram Roma. Os romanos tinham por característica a república, forma onde os interesses pessoais ficavam subjugados aos da república.

Os bárbaros que aos poucos foram dando forma ao Império decadente, tinham o Patrimonialismo como característica, onde o reino e suas riquezas eram transmitidos hereditariamente, de forma que os sucessores usufruíam dos benefícios do cargo, sem pudor em gastar o tesouro do reino em benefício próprio ou de uma minoria, sem prévia autorização de um senado.

Como forma de argumentação extremamente bem articulada, Raimundo Faoro, com base em Alexandre Herculano e em uma vasta gama de informações documentais e históricas, demonstra em seu livro que, tanto em Portugal quanto no Brasil, não houve o desenvolvimento de uma organização social compatível com o feudalismo; ao revés, estas formações sociais foram marcadas pela forte presença do Estado na vida dos indivíduos, demonstrando na tradição luso-brasileira marcas de uma evidente estrutura de cariz patrimonial. Ele cita:

“A coroa conseguiu formar, desde os primeiros golpes da reconquista, imenso
patrimônio rural (bens “requengos”, “regalengos”, “regoengos”, “regeengos”), cuja propriedade se confundia com o domínio da casa real, aplicado o produto nas necessidades coletivas ou pessoais, sob as circunstâncias que distinguiam mal o bem público do bem particular, privativo do príncipe [...] A propriedade do rei – suas terras e seus tesouros –
se confundem nos seus aspectos público e particular. Rendas e despesas se aplicam, sem discriminação normativa prévia, nos gastos da família ou em bens e serviços de utilidade geral .”


Já dizia Sergio Buarque de Holanda sobre o típico membro da elite detentora do poder político no País:

Não era fácil aos detentores das posições públicas de responsabilidade, formados por tal ambiente, compreenderem a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. Assim, eles se caracterizam justamente pelo que separa o funcionário “patrimonial” do puro burocrata, conforme a definição de Max Weber. Para o funcionário “patrimonial”, a própria gestão política apresenta-se como assunto de seu interesse particular; as funções, os
empregos e os benefícios que deles aufere, relacionam-se a direitos pessoais do funcionário e não a interesses objetivos, como sucede no verdadeiro Estado burocrático, em que prevalece a especialização das funções e o esforço para se assegurarem garantias jurídicas aos cidadãos. A escolha dos homens que irão exercer as funções públicas faz-se de acordo com a
confiança pessoal que mereçam os candidatos, e muito menos de acordo com as capacidades próprias. Falta a tudo a ordenação impessoal que caracteriza a vida no Estado burocrático.”


Inara Brito

Aluna da disciplina Cultura Brasileira
Sem. 2008.1

Clientelismo

É a prática política de organização de eleitores, que vem desde o período em que o Brasil era Colônia de Portugal. O Clientelismo político, ou seja, a troca de favores entre candidatos e eleitores, perdura ao longo da história do país, modificando-se de acordo com a conjuntura histórica, mas sem perder o seu objetivo primordial: manter o poder político nas mãos das elites sociais. O político pauta seus projetos de acordo com os interesses de indivíduos ou grupos com os quais cultiva uma relação de proximidade pessoal. Assim, o Clientelismo, que é próprio da cultura política nacional, está também inserido na lógica do capitalismo, em que tudo se transforma em mercadoria, programas sociais dos municípios, são amplamente utilizados como moeda de troca pelos gestores dos municípios, resultando num clientelismo mais organizado, legalizado e oficial, de origem nas sociedades rurais mais tradicionais, aos laços entre latifundiários e as pessoas mais pobres, fundados na reciprocidade, confiança e lealdade.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Temas relevantes

Caros alunos, nossa primeira tarefa é apontar aqueles temas e autores que vocês acharam mais interessantes para comprender o Brasil.
Vamos começar?

Espaço de diálogo

Caros alunos, a partir de agora temos mais um canal de diálogo para os temas da disciplina Cultura Brasileira. Esse é um projeto piloto que deve contar com a participação de todos os alunos. É um espaço para debates, tira-dúvidas e crescimento intelectual. Vamos conhecer e debater sobre os dilemas brasileiros.
Sejam bem - vindos
Prof. Eduardo Neto